fechar

Por Valéria Pazeto*

As crianças normalmente começam a usar as sapatilhas de ponta por volta dos 12 anos, em média. Isso porque devem esperar ter a consciência corporal de cada exercício do ballet, ter os músculos e ossos desenvolvidos e bem estruturados.

Isso obviamente deve ser avaliado pelo professor. Ele é que vai saber se aquela bailarina já está preparada para toda a exigência física para as pontas. Caso isso não ocorra podem acontecer gravíssimos problemas como tendinites, artroses, lesões e etc…

O recomendável para crianças é que se tenha em média 4 anos de ballet para começar a usar a sapatilha de ponta, mas esse tempo pode variar para mais ou para menos, de acordo com o desempenho técnico da bailarina.

Dessa mesma forma, no início desse segundo semestre, aconteceu com as turmas de nível 3 no Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça, nas cidades de Orlândia, Miguelópolis, Guaíra e Ipuã. As alunas receberam sua primeira sapatilha de ponta e a empolgação tomou conta de cada uma. As expectativas estão a mil para esses próximos meses, com os preparativos para os espetáculos de final de ano, um dos grandes resultados do projeto Usina da Dança.

Para as turmas iniciantes foram distribuídas ao todo entre alunos iniciantes e avançados em Orlândia 123 sapatilhas, em Guaíra 128, em Ipuã 12 e em Miguelópolis 93, de acordo com a confirmação dos avanços artísticos pela coordenadora artística Valéria Pazeto.

A sapatilha de ponta para cada bailarina é uma conquista resultante de todo o trabalho árduo realizado com muito esforço e prazer.

É tamanha a satisfação e gratificação para nós professores ao vermos nossos alunos desfrutando de seus tão sonhados objetivos.

Trabalhamos com muito amor durante quatro anos. Foram quatro anos de uma espera, ansiedade, obstáculos, amadurecimento técnico… Com essa conquista, desfrutaremos da graciosidade que é a arte de dançar na ponta dos pés.

“O brilhos nos olhos de nossos alunos é a energia que nos alimenta a prosperar novas idealizações.”, afirma Marina de Andrade, desde 2005, professora de Ballet clássico e bailarina do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM, Núcleo de Orlândia.

“Minha primeira sapatilha de ponta foi rosa, brilhante, como a da bailarina no quadrinho que enfeitava meu quarto quando eu era criança. Esse amontoado de fitas e tecido foi algo com que sonhei a vida toda, e representou um grande passo para mim. Senti-me realmente realizada, estava adentrando um pouco mais a fundo nesse mundo que sempre me encantou, o Ballet Clássico. Esse acontecimento acrescentou uma pitada a mais de emoção na minha vida, despertou sensações novas dentro e fora das aulas, e mostrou que todos somos capazes de alcançar muito mais do que idealizamos, com trabalho duro e determinação!”, conta Maria Julia Pintar, desde 2008 estagiária e aluna do IORM Núcleo de Orlândia.

“Dançar é sonhar… A referência primordial de uma bailarina são as queridas sapatilhas de ponta. Um verdadeiro sonho a realizar esse objetivo onde ficar na pontados pés e sentir o mundo girar dentro da vida de cada bailarina é como vê-las em lindas caixinhas de música.É gratificante ver a alegria de cada aluna ao receber as sapatilhas em mãos, um momento esperado e muito emocionante para as alunas. Ver todo o cuidado, desde ao costurar suas fitas até o turbilhão de perguntas trazidos apenas pela ansiedade dessa espera.”, declara Isabela Oliveira, desde 2005, aluna e professora do IORM, Núcleos Orlândia e Ipuã.

“A iniciação dos trabalhos nas sapatilhas de pontas acontece depois de um certo período de preparação técnica, para adquirir força muscular e estrutural para que possa ser realizado. O trabalho exige disciplina e muita dedicação das crianças e adolescentes envolvidas. Uma mistura de ansiedade e descoberta, causando uma grande expectativa para a realização do tão esperado Sonho….Mas… quando chega a tão esperada hora, o que se vê, são olhos de emoção e alegria que completam a alma das crianças e, claro de nós professores… seus olhinhos cheios de lágrimas de felicidade e realização não explicam em palavras, e sim completa sonhos…. É incrível poder participar desse momento de emoção e realização!!!”, afirma Márcia Cristina Pereira de Jesus, professora dos Núcleos do IORM em Orlândia e Miguelópolis, desde 2005.

“Para toda bailarina usar sapatilha de ponta é um passo muito importante e mais um sonho realizado na vida de cada uma, esta etapa é muito especial. Elas vislumbram a arte de equilibrar-se sobre a tão sonhada sapatilha de ponta. Ser professor é entender que cada aluno é especial e buscar desenvolver o melhor lado de cada um. Nossa maior recompensa é ver o brilho nos olhos das alunas, a alegria e o sorriso nos lábios de cada uma, ver a satisfação pela descoberta do aprendizado e o crescimento individual. Tudo isso faz valer a pena!”, destaca  Luane Martins, professora do IORM Núcleo Guaíra desde 2011.

*Valéria Pazeto é Diretora Artística da Usina da Dança

Tags: destaque

Deixar uma resposta