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Educação

Alunos das Escolas Públicas ilustram a fachada do Núcleo Cultural IORM de Ipuã

O Núcleo Cultural Oswaldo Ribeiro de Mendonça já é a sede as atividades do IORM que atendem a comunidade de Ipuã, como as aulas do Projeto Usina da Dança e curso de culinária.

Em breve, o novo espaço receberá a fachada para identificar sua presença na cidade. Como forma de demonstrar o entrelaçamento do Instituto com a comunidade, o IORM convidou o artista plástico e educador visual André Costa, para, em conjunto com os alunos da rede oficial de ensino, desenvolverem a arte que figurará na fachada do novo equipamento de cidadania.

“O objetivo final da proposta foi o de gerar um produto cultural: o elemento identificador da fachada do prédio, sede do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça, que surge em meio ao cenário urbano da cidade de Ipuã, acolhendo crianças, jovens, adultos e familiares em diferentes frentes de atividades de formação artística e capacitações profissionais”, ressalta o Gerente executivo Rafael Braghiroli.

Por meio de oficinas, que duraram quatro meses o projeto foi protagonizado por crianças de Ipuã, com a participação da Secretaria da Educação. Os professores do município identificaram nas escolas Municipais, crianças com potencial artístico para serem colaboradores e protagonistas principais dessa ação. Por meio de uma metodologia criada exclusivamente para atender os objetivos do projeto, o trabalho colaborativo contou com a mediação da coordenadora artística do IORM, Valéria Pazeto, e  com o auxílio da assistente social Letícia Gerim, nas atividades práticas in loco.

O desenvolvimento do projeto foi dividido em duas etapas de trabalho: Imersão e sondagem, produção artística e valorização, dessa forma o projeto contempla pilares e interfaces significativas dentro da arte educação, que tem como meta prevista dentro dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais – MEC) a sensibilização do humano através dos elementos artísticos naturais e daqueles construídos pelo homem.

Os encontros ocorreram nos dias 8, 14, 16, 21 e 23 de março. Os participantes encontraram-se para conhecer e aprender sobre a cidade, visitando monumentos históricos, arquitetônicos, lago, estação de tratamento de água, o antigo cinema e edificações históricas. Na etapa posterior aos encontros iniciais, o mediador convidou os alunos a aprenderem para transformar, por meio de aulas expositivas e dialogadas, partindo das principais características urbanas de Ipuã e estrutura IORM. Também fizeram parte do projeto a sondagem, expressividade, representações pictóricas e desenho autoral.

No dia 2 de maio, o trabalho materializado foi apresentado no Encontro de Aprovação do projeto final, com o resultado gráfico do projeto de intervenção aos alunos participantes, como prova do trabalho e criação coletivos.

“Trabalhamos em diferentes etapas, desde o início do projeto, para oferecer uma experiência única, inclusiva e sensibilizadora para as crianças envolvidas, tendo-os como colaboradores do projeto, mediando conhecimento, aprendizado e experiências significativas e expressivas dentro da arte contemporânea, de modo que toda a concepção estética e visual do projeto foi desenvolvida exclusivamente pelas crianças envolvidas, criando uma identidade única e exclusiva, trazendo a tona toda ingenuidade plástica de uma criança, mas com um resultado estético proporcional a genialidade de uma obra de arte.”, afirma o educador visual André Costa, que é especialista em Ensino de Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

Especificamente para este projeto André concebeu uma metodologia que estabeleceu as interfaces entre o conhecimento artístico com os aspectos históricos, arquitetônicos e naturais da cidade de Ipuã, considerando sua origem, sua história e seus personagens com o processo de modo de feituras artísticas contemporâneas que utiliza recursos tecnológicos, dialoga com o meio ambiente e funda conexões com o protagonismo social e artístico.

Mais do que proposta de fachada, o ponto alto do Projeto foi a valorização do fazer artístico das crianças da cidade, onde a contemplação do projeto todo de aprendizagem se transformaria em uma proposta de intervenção artística, tendo visibilidade, sendo um local de exposição pública e permanente para contemplação de todos os munícipes, transeuntes e visitantes da cidade de Ipuã, tendo como meta final o incentivo a continuidade do processo de transformação social, tendo a arte como um veículo de diálogo com o mundo, onde a aventura do construir rompe barreiras sociais e geográficas, cumprindo com o seu principal pilar e com o elemento mais difundido e característico da própria arte, a transformação.

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