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Educação

De costas para a tela de cinema, escolares de Guaíra e Miguelópolis debatem a importância da acessibilidade e inclusão


Os municípios de Guaíra e Miguelópolis receberam cinco novas sessões de exibição gratuitas de curta metragens nacionais com audiodescrição. As sessões, realizadas nos dias 17 e 18 de novembro reuniu 244 espectadores e foram seguidas de intensos debates audiovisuais.

Para os moradores dessas cidades, as sessões foram oportunidades únicas para que as pessoas com deficiência visual, auditiva, física, disléxicas e até mesmo analfabetas assistissem e participassem de debates a cerca do conteúdo dessas obras audiovisuais.

A ação integra o Plano Anual Agenda Cultural – Pronac 212460, realizado pelo Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM em conjunto com o Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Especial de Cultura com o apoio das secretarias municipais de Educação, Cultura e Esporte e organizações do Terceiro Setor das cidades envolvidas.

A programação foi aberta na manhã de 17 de novembro em Guaíra com a exibição do curta O Melhor Som do Mundo. Prevista para acontecer na sala de cinema Cinergia, implantada no Centro Cultural Colorado, sede do IORM em Guaíra, a sessão foi transferida para o salãozinho de eventos do IORM, devido a imprevistos. 

De costas para a tela

O segundo filme exibido foi Uma Menina com cabelos Brasil. No total, três sessões foram promovidas no dia 17, em diferentes horários: às 9 horas e, às 14 e às 15 horas, com a participação de 140 alunos e educadores da Escola Aquarela e da Sociedade Guairense de Beneficência – Sogube, uma das mais representativas entidades do terceiro setor de Guaíra, voltadas à atenção à infância e à adolescência.  “Avaliamos as sessões e debates realizados em Guaíra como muito produtivos. Foi uma vivência muito importante: as crianças sentaram-se de costas para a tela e tiveram a sensação de só escutar o filme. Depois, ao assistirem aos curtas novamente, tiveram o impacto de refletir sobre como é diferente as linguagens sonoras e da fala associada à imagem. Muitas disseram ter imaginado tudo de forma diferente”, conta a assistente social do IORM, Ana Claudia Rodrigues Lima. 

A segunda cidade a receber a ação foi Miguelópolis. No dia 18 de outubro, alunos das escolas EMEB Professora Maria Peralta Cunha e EMEF Capitão Emídio participaram das duas sessões, realizadas às 9 e às 13 horas e 30 minutos no Cine Teatro do Centro Cultural Professora Rail Miguel Sawan. As sessões dos filmes Crisálida contaram com audiodescrição e,  também foram seguidas de debates com a participação total  de 104 alunos. 

“Em ambas as cidades, as crianças envolveram-se com os debates após os curtas metragens, fizeram muitas perguntas e se mostraram vivamente interessados em saber mais sobre as limitações impostas para pessoas com deficiência e que podem ser superadas com o auxílio das políticas de inclusão e acessibilidade”, conta Ana Claudia. 

“Pudemos debater com crianças e adolescentes sobre a importância de conviver com a diversidade e se colocar no lugar do outro. Os jovens com deficiência e também aqueles que enxergam, puderam ter a experiência de ver os filmes com audiodescrição e Libras. Uma lição de valores de cidadania!”, relatou a audiodescritora Bell Machado que participou das sessões nas duas cidades.  A profissional enfatizou que “a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido abre muitas janelas do mundo para as pessoas com deficiência visual.

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