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Usina da Dança

Diálogos: Coordenação Artística reúne equipes do IORM para formação artística “Criar e Viver se Interligam”

No dia 31 de julho, a Coordenação Artística da Usina da Dança promoveu a atividade integrativa de formação das equipes do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM. Durante todo o dia, membros das equipes artística, Psicossocial, do Ateliê do Bem, da Secretaria e da Comunicação do Instituto participaram da iniciativa “Criar e Viver se interligam”, com o objetivo de proporcionar o conhecimento e reflexão sobre o ato criativo e como esse processo acontece naturalmente em todas as áreas e aspectos da vida das pessoas.

A vivência contou com a participação da coordenadora do Conselho do IORM, Maria Inês Marcório Guedes Moreira de Carvalho e também da coordenadora Social do Instituto, Janaína Cristina Amadeu.

“Foi proposto o sentir prático de um processo criativo artístico, por ser esse processo o norteador e a metodologia da Usina da Dança, por proporcionar uma visão holística, poética, estética e ética que acredita na arte como potencial transformador e sensível do ser humano, e que acompanha o olhar contemporâneo que acontece mundialmente. Aliamos a prática à teoria e, embasados pelos pensamentos da artista plástica Fayga Ostrower, seguimos em uma formação de muita reflexão, relacionando os conceitos aos contextos da realidade de cada um”, define Valéria Pazeto, coordenadora Artística da Usina da Dança.

Divididos em grupos, os integrantes das diferentes  áreas de atuação do Instituto participaram da dinâmica, que se baseou em interpretação, através de palavras de uma imagem surrealista. Essas interpretações foram trocadas entre os grupos que dessa vez deveriam fazer uma interpretação das palavras através do movimento e criar um sequência para apresentação.

A cada apresentação, os participantes criavam um título como interpretação do que acabavam de ver, uma interpretação dos movimentos agora através de palavras. Ao final se tinha a imagem inicial, a interpretação com palavras, a interpretação com movimentos e o título para reflexão do processo, desde seu início até seu produto final.

Processo

“Deste processo criativo foi possível pensar em como os caminhos e possibilidades se tornam mais importantes do que simplesmente o conhecimento do produto final. Como necessitamos despertar, estimular e reafirmar sempre nossa capacidade criadora, que é espontânea do ser humano. Como as imagens surrealistas não entregam o óbvio e dependem muito de interpretações, principalmente de sentimentos. Como essas interpretações estão diretamente ligadas as vivências, experiências sensíveis e sinestésicas, memórias e cultura de cada indivíduo. A importância de sair da zona de conforto e experimentar o novo, trocar saberes, dúvidas e conclusões com quem está próximo. Como o pensar a dança pode ser ampliado para além de uma visão física e mecanicista, mas sim uma visão de arte, comunicação, em que um gesto pode ser dança, e os movimentos podem ser criados por nós mesmos. Como a capacidade de síntese, escolhas e decisões interferem na criação. Como o movimento e assim a dança, é capaz de comunicar, e como o corpo como instrumento é capaz de estabelecer esse diálogo, atentando para a intenção da proposta e evitando os clichês. Como somos antenas que captam informações a todo o momento, sendo assim influenciados e influenciadores. Como a necessidade de dar significado às coisas e estabelecer relações ainda estão muito presentes no nosso pensamento, sendo que às vezes podemos nos permitir a simplesmente sentir e não racionalizar. Encerramos o dia com um sentimento muito positivo compartilhado entre todos os envolvidos. Houve comunicação ativa, reflexiva e sensível sobre os profissionais, autoconhecimento, as relações com alunos e sociedade. Um momento ímpar na trajetória de aprendizado que nunca se finda.”, finaliza Valéria.

 

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