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Um diálogo franco, produtivo e profundo sobre o papel da cultura no desenvolvimento da criança e do adolescente. Assim pode ser definido o painel “Educação, Cultura e Arte no Currículo da Cidade”, realizado na manhã de 27 de outubro, como parte do II Seminário Construindo uma Cidade Educadora, que também foi parte do Encontro de Redes do Projeto Guri.

O painel recebeu cerca de 90 pessoas e aconteceu na SALA CINERGIA/Centro Cultural Colorado/IORM, com a participação da gerente da regional do Projeto Guri de Ribeirão Preto, Aline Feltrin.
encontro envolveu setores como Educação, Saúde, Assistência Social e Cultura, com a finalidade de dialogar sobre a relevância da atuação em rede, buscando potencializar o trabalho intersetorial com os equipamentos dos municípios presentes.

“O Encontro foi uma oportunidade de apresentar o trabalho do Projeto Guri e IORM, sob a ótica da intersetorialidade. E também de fortalecer a parceria entre Projeto Guri e IORM, mostrando aos participantes os trabalhos realizados em conjunto, o potencial das atividades culturais para o desenvolvimento humano de crianças e adolescentes, os resultados já alcançados e outras possibilidades com os demais equipamentos.”, destacou Aline.

O encontro foi dedicado aos municípios da região que já sediam polos do Projeto Guri em parceria com o IORM, como Guaíra, Orlândia, Ipuã e Miguelópolis.
Na plateia, lideranças da área de educação e cultura dos municípios do entorno, como a presidente da Câmara Municipal de Orlândia, Michele Ruffo Junqueira e a diretora de Cultura do Município, Marilda Alves de Andrade, e a presidente do Fundo Social de Solidariedade do Município Miguelópolis Nara Aparecida Peraro Miguel . Também estiveram presentes gestores e técnicos dos municípios de Ipuã, Orlândia, Miguelópolis e Guaíra, o consultor da Ação Social Cooperada, Adalardo Martins e Daniel Nogueira da SICOOB Credicitrus. Além das coordenadoras dos Polos Guris dos quatro municípios parceiros do IORM, representantes da Casa da Criança Armanda Malvina e do Conselho Tutelar de Ipuã.

Os participantes do Encontro de Redes:
Dra. ROBERTA ROCHA BORGES: Pedagoga e doutora em Psicologia da Educação de pela Universidade de Campinas e Genebra, com estágio realizado nas creches e escolas de educação Infantil da Espanha, Suíça, Itália e Portugal

Dra. DANIELA GATTI: Doutora em Artes e Docente do Departamento de Artes Corporais da Universidade Estadual de Campinas. Atua no campo da pesquisa e ensino da dança no Curso de Graduação em Dança e no Programa de Pós Graduação em Artes da Cena do Instituto de Artes–UNICAMP coordenando o
Núcleo de Dança REDES.

DANIELLA XAVIER; Socióloga, Coordenadora Técnica do Núcleo de Parcerias e Alianças da Associação Amigos do Projeto Guri.

ROSANA MASSUELA; Gestora de processos comunicacionais -ECA/USP; Bacharel em música e regente. Coordenadora técnico Artístico Pedagógica pela AAPG – responsável pela área de canto coral, Acordeon, teclas, iniciação
musical e Fundamentos da Música.

VALERIA PAZETO, coordenadora artística da Usina da Dança, RAFAEL ALBUQUERQUE BRAGHIROLI, gerente Executivo, a coordenadora de Projetos, JANAÍNA CRISTINA AMADEU e MARIA INÊS MARCÓRIO GUEDES MOREIRA DE CARVALHO, coordenadora do Conselho, representaram o Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça no evento.

O que disseram os participantes:
“Cada participante fez a leitura do mundo, partilhando com os presentes suas experiências, conhecimentos e aprimorando a episteme sobre o tema e sua transdisciplinariedade. O desafio de uma Cidade Educadora é incluir no repertório da cidade políticas culturais que respeitem e valorizem a diversidade cultural, o pluralismo e a defesa do patrimônio natural, construído e imaterial, ao mesmo tempo em que promovam a preservação da memória e a transmissão das heranças naturais, culturais e artísticas, assim como incentivem uma visão aberta de cultura, em que valores solidários, simbólicos e transculturais estejam ancorados em práticas dialógicas, participativas e sustentáveis.”
Rafael Albuquerque Braghiroli, gerente Executivo do IORM

“A Universidade ficou muito tempo distanciada da sociedade. Hoje começamos a pensar no diálogo mais aproximado, fazemos pesquisa, trabalhamos com caminhos para que isso ocorra.”
“Uma coisa é o discurso, outra coisa é colocar isso em prática, nossas ações falando sobre isso. Transformar a nossa pessoa é muito difícil. Nossas escolas pautadas em informação, não em construção e reflexão sobre os processos e utilizem diferentes linguagens. Nossa escola apenas pautada em linguagem oral, no discurso. Só trabalhamos um tipo de linguagem.”
Roberta Rocha Borges

“O papel da arte na construção do território educar e o papel das redes para a dimensão coletiva deste trabalho. Devemos assumir papel de inverter essa lógica política, garantindo investimento em educação. Temos que ter referência na criança, pensar em caminhos conjuntamente, considerando a especificidade de cada território. Quando falamos em municípios com poucos recursos, para o que estamos olhando. Território é muito dinâmico, além das instâncias formais, há conselhos, que são fundamentais para o diálogo. Trabalho precisa ter a sensibilidade do território para buscarmos outras potências, estimulando a colaboração. Ao falar mapeamento estamos atrelado a identificação que as vezes é frágil.”
Daniella Xavier

“Uma das maiores qualidades do homem é a capacidade de comunicar emoções, sensações, e por esse hábito de comunicação, o homem pode se relacionar com outros homens no tempo e no espaço. Para se comunicar o homem criou símbolos na pintura, na escultura, na arte, na dança, uma das mais antigas faculdades humanas. Com eles posso falar o que estou sentindo, sem impor, apenas apresentando sensações, impressões, ideias e sentimentos das mais variadas formas de manifestação das linguagens artísticas, fantasias, objetivos, consciência de valores, percepção de vida.”
Rosana Massuela

“Minha ideia de mundo perpassa pela noção de corpo. Que corpo é esse, que corpo sou eu. O que me pertence de fato? O conceito de sustentabilidade, é algo fora de mim, ou me pertence. Como eu ajo de forma sustentável? Auto reflexão sobre pensar, relacionar-se é mais necessária do que nunca. A dança é a valorização do corpo que sou. A dança tem o corpo como lugar de expressão. É onde a pessoa se coloca no mundo de fato.”
Daniele Gatti

Apresentação
Dois toques de cultura marcaram o Encontro de Rede. Os participantes foram recebidos pelos violeiros Luiz Carlos e Donizete com a verdadeira música raiz.
Os alunos do naipe de cordas do professor Rodolfo Spigalli do Projeto Guri Polo IORM Guaíra também se apresentaram.
O Polo IORM Guaíra atende a 123 alunos nos cursos de Canto Coral, Iniciação Musical, Violão e Percussão, desenvolvidos a partir da parceria com Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça e Prefeitura Municipal de Guaíra, com coordenação da Associação dos Amigos do Projeto Guri da regional de Ribeirão Preto.

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