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Usina da Dança

Primeiro produto da viagem: a vivência Inspirada em Reggio Emilia compartilhada com equipe da Usina da Dança.

Primeiro produto da viagem: a vivência Inspirada em Reggio Emilia compartilhada com equipe da Usina da Dança

A coordenadora artística da Usina da Dança, Valeria Pazeto reuniu no dia 3 de março de 2017 com as equipes das cidades de Guaíra, Miguelópolis, Orlândia e Ipuã do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça se reuniram na sede do Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM em Orlândia para uma troca de saberes e para vivenciarem na prática os aprendizados adquiridos com estudos
aprofundados pela coordenadora.

A vivência foi iniciada com a participação dos três representantes do IORM que já estiveram em Reggio Emilia, o gerente executivo Rafael Braghiroli e as coordenadoras Janaína Amadeu e Valéria Pazeto.

Na sequência, foi realizada a leitura do texto do biólogo Stéfano Sturloni sobre escuta e interpretações do parque, multiplicidade de olhares, de Felippo Chieli, atelierista, sobre As Vozes do Parque.

As equipes das quatro cidades foram divididas em três grupos, que mesclaram os integrantes quanto as diferentes cidades e áreas de atuação no IORM. O espaço escolhido foi o Espelho d’ água da cidade de Orlândia, um lugar amplo com muito verde, lago, frutas, flores e animais…

Neste amplo ambiente, três lugares específicos foram separados e cada grupo era responsável por um. O objetivo foi a exploração, a escuta e interpretação destes cenários como se todos fossem crianças novamente, porém a escuta mais profunda de nós para depois aplicarmos nas crianças, e identificar saberes através do que a natureza estava oferecendo. O que podemos aprender através das pedras, galhos retorcidos, sementes, nosso reflexo na água, com os sons dos passarinhos?

Primeiramente foram definidos conceitos universais, e depois era feita a tradução para cada área, como dança, teatro, literatura…

Após a exploração dos lugares os grupos fizeram a reflexão das hipóteses projetuais, e para auxiliar isso, todas as etapas eram registradas com escrita, vídeo e fotos. Nesse momento escolheram um assunto para ser o projeto proposto para as crianças. Surgiram temas como Família, Vida como criação, e Vida como desenvolvimento.

“O objetivo desse encontro foi proporcionar uma troca empática com uma visão poética, encontrando e discutindo desafios de como aprendemos e sentimos o nosso cotidiano. E de como, através da escuta, investigação e aprendizado em contextos plurais, podemos valorizar todas as potencialidades e complexidades da natureza.”

Os grupos materializaram os temas através de diversos materiais, como papel, plástico, arame, fitas, cola, jornal, e recursos que pegaram da natureza.

Em seguida houve apresentação das propostas, explicando todo o processo que percorreram, as dificuldades, as descobertas e soluções, como chegaram no tema universal através da natureza que observaram com o corpo todo, e todos os sentidos. E como cada área poderia desenvolver esse tema com as crianças.

A vivência contribui muito para sensibilizar e aprofundar ainda mais as visões de cada participante. E era esse o grande objetivo, descobrir novas maneiras de comunicação com as crianças, refletir a relação professor-aluno, enxerga a criança como protagonista da sua própria aprendizagem, seres pensantes atuantes e criadores. Repensar as aulas e as relações de maneira a construir um ambiente que propicie a criatividade e o interesse delas em manifestar suas ideias de forma cada vez mais poética.

Esse dia foi o início de um aprofundamento que precisa ainda ser muito estudado e vivenciado, mas já gerou muitos questionamentos internos e a vontade de fazer diferente. Uma vivência enriquecedora.

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